Os EUA e a Nova Ordem Mundial

Os EUA e a Nova Ordem Mundial

Um debate entre Alexandre Dugin e Olavo de Carvalho

Quais são os fatores e os atores históricos, políticos, ideológicos e econômicos que definem atualmente a dinâmica e a configuração do poder no mundo e qual a posição dos Estados Unidos da América no que é conhecido como Nova Ordem Mundial? Essa é a pergunta que o cientista político russo Alexandre Dugin e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho procuram responder nesse debate, que atingiu momentos acalorados e polêmicos. Partindo de posições radicalmente diversas, cada autor esclarece como vê o atual conflito de interesses no plano internacional, elucidando quem são seus principais atores e quais as forças e objetivos envolvidos. No final, os dois debatedores não chegam a um acordo e o grande vencedor é o leitor, que sai do debate com uma visão mais abrangente da política internacional e da luta pelo poder que está sendo travada para a formação da Nova Ordem Mundial.

  • Entidades Duradouras: Apenas grandes religiões universais, organizações esotéricas, dinastias reais, movimentos ideológicos revolucionários e agentes espirituais conseguem transcender a duração de Estados e impérios.

  • Forças Históricas: A formação e dissolução de nações e impérios são resultados das ações dessas entidades ou de combinações descontroladas de forças.

  • Metodologia: É crucial não confundir processos determinados por uma vontade consciente com aqueles que ocorrem sem organização deliberada.

  • Exemplo da Igreja Ortodoxa: A Igreja Ortodoxa é apresentada como um agente histórico que transcende fronteiras e períodos, influenciando a formação de impérios e projetos nacionais.

  • Conflito de Ideias: O autor discute a oposição entre seus valores orientais e os valores ocidentais, destacando a dificuldade de defender seus valores contra as críticas de Dugin.

  • Crítica a Dugin: O autor acusa Dugin de usar psicologia pejorativa e de tentar manchar sua reputação com acusações infundadas.

  • Referências a Guénon: O autor menciona René Guénon, destacando que Guénon via a degradação da civilização no Ocidente, mas nunca defendeu a destruição do Ocidente.

  • Tradição e Modernidade: O autor reflete sobre a perda de valores tradicionais e a tentação de buscar soluções políticas ou militares para restaurar a tradição.

  • Crítica ao Cristianismo Ocidental: O autor argumenta que o cristianismo ocidental enfatiza o individualismo, o que levou ao secularismo moderno e ao enfraquecimento da fé.

  • Comparação com a Ortodoxia Oriental: A ortodoxia oriental é vista como mais holística, mas o autor critica sua associação com o comunismo e a perseguição religiosa na Rússia.

  • Visão sobre Israel: O autor defende o direito dos judeus a um estado próprio, mas critica a repressão aos palestinos e a influência de judeus em movimentos revolucionários.

  • Revolução e Destruição: O autor critica a ideia de que a destruição da modernidade levará à salvação, citando exemplos históricos de revoluções que resultaram em catástrofes.

  • Domínio Americano: O texto critica o domínio estratégico dos EUA, argumentando que ele priva outras nações de sua soberania e cria uma “ditadura global”.

  • Ideologia Anti-Modernista: A unipolaridade americana é vista como baseada em valores modernistas e pós-modernistas, considerados anti-tradicionais e prejudiciais à humanidade[^1^][1].

  • Globalização e Espiritualidade: A globalização é descrita como uma “Grande Paródia” e os EUA como o centro de sua expansão, impondo valores ocidentais de forma agressiva.

  • Quarta Teoria Política: Propõe uma nova ideologia que combina aspectos positivos do comunismo e da Terceira Via, rejeitando materialismo, ateísmo, racismo e nacionalismo, em favor de justiça social, soberania nacional e valores tradicionais.

  • Teoria Mackinder-Dugin: Dugin expande a teoria de Mackinder, incorporando ideias de Blavatski e Bailey, transformando o conflito geopolítico em uma luta entre duas cosmovisões opostas: o atlantismo e o eurasismo.

  • Conflito Histórico: Dugin descreve a oposição histórica entre civilizações marítimas (como Fenícia e Inglaterra) e terrestres (como Roma e Rússia), destacando a continuidade desse conflito ao longo dos séculos.

  • Conspirações e Agentes: Alega a existência de conspirações ocultas e agentes invisíveis que dirigem os eventos históricos, com atlantistas e eurasianos lutando pelo domínio global.

  • Crítica à Teoria: O autor critica a teoria de Dugin, apontando a falta de evidências históricas concretas e a mistura de pesquisa histórica com teorias de conspiração.

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