Aristóteles em Nova Perspectiva
Aristóteles em Nova Perspectiva. Introdução à Teoria dos Quatro Discursos
ESTE LIVRO É VELHO E É NOVO: reproduz o texto de Uma Filosofia Aristotélica da Cultura (Rio de Janeiro, IAL & Stella Caymmi, 1994), mas acrescido de quatro capítulos (IV, “A Tipologia Universal dos Discursos”,1 V, “Os Motivos de Credibilidade”, VI, “Marcos na História dos Estudos Aristotélicos”, e VII, “Notas para uma Possível Conclusão”), e de um suplemento, Aristóteles no Dentista: Polêmica entre o Autor e a SBPC. Os capítulos acrescentados não são novos, mas inéditos: circularam, até agora, apenas como apostilas de meus cursos. Quanto ao suplemento, que circulou por um tempo num folheto que anexei a alguns exemplares de Uma Filosofia Aristotélica da Cultura, mas não a todos, reúne: (a) o texto com que respondi à inacreditável “Avaliação crítica” que o Comitê Editorial da revista Ciência Hoje2 fez de Uma Filosofia Aristotélica da Cultura; (b) o artigo que publiquei em O Globo em resposta a dois bocós de mola (ou antes, de borla e capelo), que saíam em defesa do indefensável e aproveitavam para opinar contra uma tese que admitiam não ter lido (tratando-se portanto de um caso de telepatia crítica); (c) algumas das cartas que remeti ao diretor da publicação, Ênio Candotti, tentando conscientizá-lo de suas obrigações, esforço a que ele resistiu com a bravura necessária a me fazer compreender finalmente o que a velha teologia queria dizer com a expressão ignorantia invincibilis.
Introdução à Teoria dos Quatro Discursos Capa comum – 14 janeiro 2016
Há embutida nas obras de Aristóteles uma idéia medular, que escapou à percepção de quase todos os seus leitores e comentaristas, da Antiguidade até hoje. Mesmo aqueles que a perceberam – e foram apenas dois, que eu saiba, ao longo dos milênios – limitaram-se a anotá-la de passagem, sem lhe atribuir explicitamente uma importância decisiva para a compreensão da filosofia de Aristóteles.
No entanto, ela é a chave mesma dessa compreensão, se por compreensão se entende o ato de captar a unidade do pensamento de um homem desde suas próprias intenções e valores, em vez de julgá-lo de fora ato que implica respeitar cuidadosamente o inexpresso e o subentendido, em vez de sufocá-lo na idolatria do “texto” coisificado, túmulo do pensamento. A essa idéia denomino Teoria dos Quatro Discursos. Pode ser resumida em uma frase: o discurso humano é uma potência única, que se atualiza de quatro maneiras diversas: a poética, a retórica, a dialética e a analítica (lógica).
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